Aula inaugural do Doutorado em Ciências Ambientais
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10/03/2009 Prof. Sachs, economista do Instituto de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris (França) proferirá a aula inaugural do CIAMB. IGNACY SACHS De origem polonesa, nascido em 1927, é economista formado no Brasil em 1954, quando sua família veio para o Brasil, onde permaneceu por cerca de 14 anos. Fez doutorado na Índia em Delhi (1960), e ao retornar à Polônia criou o Instituto de Países Subdesenvolvidos. Ao deixar novamente seu país em 1968 vai pra França onde vive até hoje e cria o corpo docente da Instituto de Altos Estudos de Paris (França) a pedido de Fernand Braudel, e onde cria o Centro de Pesquisas Contemporâneas sobre o Brasil, do qual é co-diretor. Retorna regularmente ao Brasil, em geral 2 vezes ao ano, por dois meses cada vez, onde tem família, numerosos amigos e colegas de trabalho. Tem frequentemente ajudado nosso país como colaborador/consultor do governo brasileiro, independentemente dos partidos políticos que estão no poder, além de instituições como o SEBRAE. Atualmente é pesquisador convidado da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP. É assessor da Organização das Nações Unidas para as questões de desenvolvimento, que defende como necessariamente includente e auto-sustentável e também para questões relativas ao aproveitamento da biomassa para a produção de energia auto-renovável produzindo vários documentos como o “The biofuels controversy”. Conhecido como ecossocioeconomista, defende ideais de liberdade, justiça social e o meio ambiente. Para ele a idéia de que desenvolvimento deve ser produto da combinação de crescimento econômico, bem estar social e preservação ambiental. Segundo ele soluções que se apóiem em apenas dois desses fatores são catastróficas. Em relação à crise ambiental e energética comenta em sua recente autobiografia (“A Terceira Margem” publicada em 2007, na França) que não se deve pensar em paralisar o desenvolvimento enquanto houver desigualdades sociais gritantes, e defende a idéia de que o que é preciso mudar é a forma de distribuição dos frutos desse desenvolvimento. E defende a idéia de que o Brasil é um país decisivo nessa questão. Critica visões de que o biocombustível vai causar crise na produção de alimentos, e sugere como saída utilizar áreas degradadas para o plantio de espécies para biocombustíveis, além de chamar a atenção para a necessidade de inclusão da agricultura familiar e dos pequenos agricultores nesse processo. Nesse sentido enfatiza a necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento que signifique a convergência entre economia, ecologia, antropologia cultural e ciência política. Tem cerca de 40 livros publicados em inglês, francês e português, participa de vários eventos voltados a essa temática e atualmente tem participado de eventos que tratam da questão energética mundial e brasileira. Dentre suas obras estacam-se:
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Fonte: CIAMB